Modalidade que permitirá ao consumidor compartilhar seus dados bancários estará totalmente disponível no ano que vem no País

 

Com o open banking avançando no País, é preciso ficar atento para não cair em golpes ou ser vítima de fraude. A modalidade, que permitirá ao consumidor compartilhar seus dados bancários, estará totalmente disponível em 2022 e vai facilitar o acesso a ofertas de produtos e serviços financeiros adequados ao perfil de cada um, com custos mais acessíveis e de forma mais ágil e segura.

Primeiro, é preciso saber que o compartilhamento começa a partir da sua vontade. É você quem tem de fazer o pedido e ele deve ocorrer via internet banking ou aplicativo do banco. A autorização deve ser expressa. Sem isso, nada feito. Deverá haver ainda um motivo específico e um prazo definido, que poderá ser, no máximo, de um ano (veja quadro).

“Você não precisa compartilhar todos os dados. Pode ser apenas os que ache importante. Fazendo isso, estará 100% seguro em relação a fraudes e hackeamento”, avisa o advogado especialista em Direito do Consumidor Afonso Morais. Por isso, a recomendação é ficar de olho na autorização concedida. Verifique se ela foi mesmo para a empresa que você escolheu. Não clique em links suspeitos. “E conceda autorizações apenas dentro dos canais seguros e oficiais da instituição financeira, nunca fora do meio digital”, reforça Morais.

As instituições participantes do open banking poderão utilizar canais digitais, próprios e de terceiros para captar clientes, criar experiências e desenvolver novos negócios, diz Morais. “Os ambientes são seguros. Um dos problemas é que muitas pessoas clicam em programas de execução na hora em que estão usando o computar ou o celular e abrem caminhos para vírus serem instalados”. A líder do projeto open banking no Banco do Brasil (BB), Karen Machado, diz que a grande preocupação é com a chamada engenharia social, técnica empregada por criminosos para enganar os consumidores visando obter os dados pessoais, bancários e senhas. “O compartilhamento vai ser sempre em um ambiente de internet banking ou pelo aplicativo no celular. Ele não vai fazer isso no SMS ou em um site qualquer . Então, tem de desconfiar se pedirem SMS, QR Code, foto”.

Isso sem contar que há uma legislação rigorosa em vigor para que as operações sejam seguras ao consumidor, avisa a consultora jurídica da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Cintia Falcão. “Só quem pode receber e fornecer informações são entidades reguladas pelo Banco Central. São bancos, financeiras e fintechs. A responsabilidade sempre será dessas instituições, mesmo que façam parcerias para que o serviço seja acessado pelo consumidor”.

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