Devido a facilidade das operações através do sistema de pagamentos instantâneo Pix, ele é utilizado como ferramenta para fraudes.

De acordo com o estudo do escritório em crimes financeiros, Morais Advogados, existem seis tipos de golpes muito comuns relacionados ao Pix. A pesquisa foi realizada em cima dos processos judiciais de natureza financeira. Devido a facilidade das operações, é importante redobrar a atenção para as fraudes. Por isso, confira abaixo os 6 golpes mais comuns, e como se proteger deles.

Golpes comuns no sistema Pix

Dentre os principais golpes no Pix, estão:

  1. Clonagem de WhatsApp: O golpista cria uma mensagem no app e finge ser de uma empresa com a qual a vítima tem contato. A partir disso, solicita um código de segurança, enviado por SMS pelo app, para fazer uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Dessa forma, com o código em mãos, o criminoso clona o app. E assim, envia mensagens de golpes para os contatos da vítima, pedindo dinheiro emprestado via Pix.
  2. Engenharia social no WhatsApp: O criminoso escolhe a vítima, pega a sua foto em redes sociais, e descobre número de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número, ele envia mensagens de golpes para os contatos, informando que trocou de número. Em seguida, solicita uma transferência Pix para uma “emergência”.
  3. Falsos funcionários: A vítima ganha uma ligação de uma pessoa se passando por um funcionário de banco ou empresa. O criminoso se oferece para ensinar a cadastrar uma chave Pix e induz a vítima a fazer uma transferência “teste”.
  4. Falso sequestro: O criminoso entra em contato, e diz que sequestrou alguém da família. Assim, para libertar a suposta vítima, o estelionatário exige uma transferência via Pix.
  5. Golpe do “bug”: Nesses tipos de golpes, o criminoso espalha na rede social que o Pix está com uma falha em seu funcionamento. E por conta disso, seria possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias.
  6. Phishing: Os golpes de “phishing” são muito comuns. Por meio de mensagens que parecem reais, o golpista consegue arrancar informações pessoais confidenciais, tais como senhas e números de cartões.

Como se proteger?

De acordo com Afonso Morais, advogado especialista em cobrança e direito do consumidor, “um alerta importante é sobre a necessidade de cuidado com a exposição de dados em redes sociais. Fique atento a sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário. Além disso, recebendo mensagem de alguém que afirmar ter mudado o número, certifique-se dessa informação”.

Além disso, Jessica Marques, especialista em penal e direito digital, alerta para a importância de estar atento aos pedidos de informações pessoais. Quando uma instituição financeira entra em contato, ela usa o seu canal de relacionamento. Dessa forma, qualquer tentativa que não seja através desses meios, tem grandes chances de se tratar de golpes.

Segundo Marques:

“Para que o usuário possa evitar ser vítima de um golpe cibernético, é importante que ele não clique em links encaminhados via WhatsApp, mensagem ou e-mail, sobretudo, porque as instituições bancárias já noticiaram que não fazem nenhum contato via esses canais, e não forneça códigos de ativação encaminhados ao próprio celular”.

Por fim, Rolse de Paula, diretora da ABA em Curitiba, afirma que em caso de golpes financeiros, é necessário entrar em contato com a instituição financeira. Caso ela não dê atenção ao assunto, a vítima deve ligar para o 145, Banco Central. Além disso, é recomendável fazer um Boletim de Ocorrência, para ter um maior respaldo na reclamação dirigida.

 

 

 

Fonte: seucreditodigital.com.br
https://seucreditodigital.com.br/golpes-comuns-no-sistema-pix/